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sábado, 29 de junho de 2013

Led Zeppelin: Significado dos símbolos de "Led Zeppelin IV"


O 4º disco da banda de hard rock inglesa Led Zeppelin, na verdade, não possue título. É conhecido por diversos nomes: Disco dos Símbolos, ZoSo (uma alusão a um dos símbolos que aparecem na contra-capa do álbum), Runas, ou, mais comumente, de Led Zeppelin IV (os 3 discos anteriores da banda chamam-se, respectivamente, Led Zeppelin, Led Zeppelin II e Led Zeppelin III).
O disco foi gravado entre dezembro de 1970 e março de 1971, e foi lançado em 08 de Novembro de 1971


Após a receptividade morna recebida pelo disco Led Zeppelin III, o guitarrista Jimmy Page decidiu que o próximo trabalho do grupo não deveria ter título. Ao invés disso, teria 4 símbolos manuscritos, cada um representando um integrante da banda.
Ciente da falta de título do disco, a Atlantic Records - gravadora da banda - distribuiu para a imprensa cópias dos símbolos em diversos tamanhos para que fosse feita a divulgação. O álbum foi um dos primeiros na história a ser produzido sem qualquer identificação convencional.
O disco ficou em #66 na lista dos 500 melhores discos de todos os tempos, feita pela revista Rolling Stone. 


Cada integrante era representado por um símbolo diferente. Apesar de o disco ser conhecido como "Runas", apenas os dois símbolos do meio são realmente runas. Os outros dois são símbolos mágicos.

Símbolo de Jimmy Page

O símbolo relacionado ao guitarrista Jimmy Page, geralmente é associado a uma palavra (ZoSo). No entanto, este símbolo tem uma conotação não-alfabética. Foi desenhado pelo próprio Jimmy page. A fonte do símbolo é de conhecimento público. O significado dele, no entanto, continua sendo um mistério até os dias de hoje.
O símbolo apareceu pela primeira vez no livro Ars Magica Arteficii, de 1557, escrito pelo alquimista Gerolamo Cardano, onde é identificado como um símbolo composto por signos do zodíaco. O símbolo também foi reproduzido no Dicionário de Ocultismo e Símbolos Alquímicos, de Fred Gettings, publicado em 1982.
O símbolo era muito utilizado para representar o planeta Saturno em rituais de magia. Jimmy Page é de Capricórnio, um signo comandado por Saturno. O símbolo parecido com a letra Z é comumente associado a Saturno na astrologia. A outra parte do símbolo de Page (o "oSo") é parecido com o símbolo alquímico do Mercúrio, também muito associado a Saturno.
O que o símbolo representa para Jimmy Page, no entanto, é um mistério, uma vez que ele nunca revelou publicamente o seu significado.

Símbolo de  John Paul Jones 


O símbolo do baixista John Paul Jones é composto por 3 formas ovais que se interceptam e são circundadas por um único círculo. O símbolo foi tirado de um livro de runas e simboliza uma pessoa com confiança e competência.


Símbolo de John Bonham

O símbolo do baterista da banda, John "Bonzo" Bonham, os 3 círculos interligados, e representa a trindade da mãe, do pai e do filho. O símbolo poderia representar também uma bateria vista de cima.
O fato de os símbolos do John Bonham e do John Paul Jones (baixista da banda) serem extremamente semelhantes e combinarem (um sendo a imagem invertida do outro) não é por acaso. No jazz - uma das grandes influências da banda - o baixista e o baterista formam partes interligadas de uma seção rítmica.
Na verdade, esse símbolo aparecia no rótulo da cerveja Ballantine, que era a favorita de Bonham. Assim, na hora de escolher o símbolo que o representaria, ele decidiu pegar esse emprestado.


Símbolo de Robert Plant

O vocalista Robert Plant adotou como símbolo a pena da deusa egípcia Ma'at, que significa verdade, justiça e lealdade, envolta por um círculo impenetrável que significa vida.
De acordo com a mitologia egípcia, Anubis, o deus do julgamento e da morte, pegaria o coração daqueles que morreram e colocaria em uma balança juntamente com uma pena de Ma'at. Se o coração fosse mais pesado que a pena, a alma da pessoa iria para o inferno. Se o coração fosse mais leve que a pena, a alma iria para o céu. 






sexta-feira, 28 de junho de 2013

Smiths

Os Smiths foram responsáveis pela revolução no rock britânico dos anos 80 que deixou de lado a new wave e os sintetizadores para aderir novamente às guitarras. As influências da banda podiam ser achadas espalhadas no rock clássico dos anos 50 e 60 e no punk dos anos 70.
O núcleo da banda foi formado pelo vocalista Morrissey (Steven Patrick Morrissey) e pelo guitarrista Johnny Marr (John Maher), pessoas de comportamento e atitudes musicais opostas, que levaram à definição do estilo do Smith e ao posterior fim da banda (Marr representando a porção rebelde e rock and roll da banda enquanto Morrissey representava a porção pop e poética). Em 1982, em Manchester, Marr já havia tocado profissionalmente em algumas bandas, enquanto Morrissey era apenas um jovem poeta presidente do fã clube local dos new York Dolls. As letras de Morrissey se adaptariam bem às melodias de Marr e, juntamente com o baixista Andy Rourke e o baterista Mike Joyce resolveram montar a banda Smiths.
O seu primeiro single, Hand In Glove, se tornaria em 1983 uma constante no meio underground inglês, o que levou a banda a abandonar os pequenos clubes em Manchester para algumas apresentações em Londres. A banda rapidamente se tornou conhecida da imprensa inglesa em função das referências homosexuais nas letras.
Ao ser lançado em 1984 o álbum The Smiths imediatamente subiu até o segundo lugar em vendas na Inglaterra. Algumas letras de Morrissey passam a ser constantemente mal interpretadas (sendo consideradas incentivos ao assassinato e abuso sexual de crianças), o que leva a banda a ter uma divulgação ainda maior.
O segundo álbum, Meat is Murder, entra nas paradas inglesas no primeiro posto em 1985. O título é uma referência ao vegetarianismo adotado por Morrissey. O tema do terceiro álbum, Queen Is Dead, de 1986, era mais agressivo, com críticas políticas ao governo de Margareth Tatcher.
Marr sofreria um sério acidente de automóvel em 1986 que colocou a carreira da banda em suspenso. No meio tempo o guitarrista Craig Gannon (que havia assumido pouco antes) e o baixista Andy Rourke foram demitidos dos Smiths por problemas com heroína. Rourke voltaria à banda dentro de alguns meses.
Em 1987, em meio à fase de maior sucesso da banda, as tensões entre Marr e Morrissey também chegaram ao ponto máximo. Logo após o lançamento de Strangeways Here We Come a banda foi desfeita. Marr viria a formar juntamente com Bernard Sumner (do New order) a banda Electronic, Mike Joyce entraria para o Buzzcocks, enquanto Morrissey seguiria uma bem sucedida carreira solo.


Fonte: http://whiplash.net/materias/biografias/038366-smiths.html#ixzz2XVm9dxDX

Led Zeppelin: John Paul Jones ignora reunião em 2014

O baixista do LED ZEPPELIN, JOHN PAUL JONES, comentou sobre os boatos em torno de uma possível reunião da banda no ano que vem.
“2014 será cheio de ópera pra mim, no momento”, disse Jones numa festa após a estreia da ópera ‘The Perfect American’, de Phillip Glass.
Os rumores sobre uma reunião do Led em 2014 começaram quando o vocalista ROBERT PLANT disse ao programa televisivo 60 Minutes que a agenda dele estava aberta para 2014, deixando no ar a possibilidade de uma reunião.
Jones está escrevendo sua própria ópera no momento, baseada em ‘The Ghost Sonata’, de August Strindberg.
“Estou na metade do primeiro ato”, disse o multi-instrumentista, compositor e arranjador, acrescentando que o maior desafio é “a seriedade disso, creio eu. Eu não sei. Estou provavelmente prestes a descobrir quais são os desafios”.
Plant está fazendo shows esse ano com os The Sensational Space Shifters, e JIMMY PAGE está trabalhando na remasterização de todo o catálogo do Zepp, com faixas bônus e outras prendas [nas lojas até o fim desse ano].

Ozzy Osbourne: madman já foi ladrão quando era jovem

Ozzy Osbourne foi um ladrão infeliz em sua juventude.
O vocalista do BLACK SABBATH revelou que ele não teve sucesso quando tentou se aventurar na vida do crime, porque ele era "muito idiota".
Ele disse ao Shortlist.com: "Eu não era exatamente um grande ladrão, eu era muito idiota. Eu estava tentando roubar uma TV uma vez e eu subi no muro, mas eu caí e a TV caiu sobre meu peito.
"Eu não conseguia tirar aquela merda de cima de mim. Então, eu precisei ficar lá até que eles me pegassem. Eu queria estar na televisão, mas a televisão estava sobre mim".
Sem vergonha de admitir, o vocalista de 64 anos disse que continuava sendo pego no ato, ele tentava, mas não tinha uma uma rota de fuga em sua cidade natal, Birmingham no Reino Unido.
Ele disse: "Eu tentei ser um ladrão, mas eu não era bom. Eu continuava sendo pego.
"Eu invadi uma loja e eu deixei meu polegar pra fora da maldita luva. Isso é para você ver o quanto eu era inteligente. 'Sim, impressões digitais, pegamos ele'. Eu não sabia que através das impressões digitais, eles podiam te pegar.
"Eu sempre roubava algo que eu pudesse vender: roupas de bebê, de idosos, coisas de aposentados. Eu ficava bem com um saco cheio de roupas de bebês. 'Alguém quer estas?'

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Black Sabbath: da magia negra até o pó branco

O que segue abaixo é a tradução de um trecho de uma matéria de autoria de Paul Lester, publicada no Guardian.
O metal sombrio e monolítico do Black Sabbath, que capturou a escuridão no final dos anos 60 quando o sonho hippie azedou, é imortal mas seus criadores são tão suscetíveis as efeitos do tempo como todos nós. Eles criaram as fundações de toda uma sub-cultura - a MTV os colocou em primeiros numa lista das maiores bandas de heavy metal enquanto todas as gerações, desde o 'new wave of british heavy metal' do final dos 70 até o grunge, os proclamam 'Os Padrinhos' - mas eles não estarão ai pra sempre.
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Novamente, eles estiveram curando feridas desde o fim dos anos 60. Butler relembra ter experimentado terríveis problemas de rim, acreditando que iria morrer. Foi quando seus pais, rígidos católicos que iriam 'chicotear e bater' nele se xingasse ('Por isso,' ele diz, 'eu raramente xingo hoje em dia'), testemunharam o real processo de imersão de seu filho nas artes obscuras: eles ficaram horrorizados ao ver seu quarto pintado de preto, com toda sua coleção de parafernálias satânicas.
'O médico ligou pra que eles me levassem pro hospital,' ele lembra, sempre o cômico Brummie, 'e meu pai veio, tipo, 'Mãe do céu!', arrancando todas as cruzes invertidas e figuras de Satã das paredes.'
De acordo com Butler, que foi responsável por grande parte das letras ao longo do tempo, quando eles se juntaram, o Black Sabbath nunca pretendeu festejar o mal, mas esgueirar lentamente a malevolência pela sociedade. 'Guerra era o tema principal [de nossas letras],' diz Butler. 'Meus irmãos estavam todos no exército e eu pensei que eu teria que ir lutar no Vietnam. E tinha a bomba atômica e o sentimento de que todos iríamos acabar explodindo.'
'Era paz e amor,' intervém Iommi, 'mas de repente isso foi pro buraco.' O Sabbath sempre foi associado com o sinistro, mas eles se afastaram do cargo de precursores do apocalipse após Butler ter uma visão do diabo no fim de sua adolescência. 'Era uma forma preta,' ele diz, 'com chifres e tudo. Eu pirei. Foi ai que começamos a alertar contra o satanismo.'
Surrealmente, Butler lembra estar no topo das paradas com 'Paranoid' e ter uma conversa sobre forças superiores com Cliff Richard. 'Eu usava uma cruz do Sabbath [de porta cabeça] e ele disse: 'Oh, você é cristão?' e eu disse:' É, eu era bem religioso,' ele diz, 'mas eu não acredito em mais nada agora.'
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Questionado sobre fé após ser confrontado pela sua própria mortalidade, Iommi diz que acredita em deus. Butler, que ainda usa um crucifixo ao redor do pescoço, acrescenta: 'Eu tenho quando estou em um avião - a primeira coisa que faço é rezar.' Com relação a Osbourne, quem criou o título da música 'God is Dead?', ele tem dúvida, mesmo falando com a convicção de devoto.
'Eu fiz um bom trabalho tentando me matar por 64 anos,' ele diz no telefone de sua casa em LA. 'Mas alguma coisa me manteve vivo. Eu não sei se é deus, destino ou sei lá. Eu sou mente aberta. Mas não acredito em religião organizada de maneira alguma.'
'Nós nunca fomos ocultistas,' ele diz. 'Era um hobby, até começarmos a ser convidados para rituais de magia negra em cemitérios. Ai fui acusado de fazer isso e morder aquilo e apareciam pessoas fazendo piquetes nas arenas com banners. Mas se você ouvir as músicas não tem nada que seja pró-magia negra ou pró-satanismo. É como 'God is Dead? no final a letra diz: 'eu não acredito que deus esteja morto. Mas eles só ouvem as palavras 'deus está morto.''
Por três anos eles foram uma das maiores bandas do mundo. Seguindo o sucesso de Black Sabbath (1970), Paranoid (1970) e Master of Reality (1971), eles se viram, juntamente com o Led Zeppelin e o Deep Purple, como pioneiros de um movimento de rock pesado e progressivo. Eles eram ainda maiores nos EUA, onde foram gravar seu quarto album, Black Sabbath Vol. 4, em 1972. Mas daí, o problema não era a magia negra, mas sim pó branco.
'Nós éramos jovens rapazes, fazendo o que rapazes fazem,' diz Iommi, se referindo ao seu prodigioso consumo de cocaína - o álbum continha uma faixa chamada 'Snowblind' [Snow: Neve; Blind: cego]. Enclausurados em uma mansão em Bel Air, seu comportamento degenerado, envolvendo substâncias e groupies, era, relata Butler, equiparável ao de Calígula.
Iommi dispensa a ideia de que ele, Butler e Ward eram a fundação da banda para as excentricidades de Osbourne. 'ninguém conseguia controlar ninguém,' reflete o guitarrista, que quase sofreu uma overdose uma noite no Hollywood Bowl. 'Eu estava cheirando coca de tudo quanto é jeito, usando quaaludes [pílulas para dormir], e sabe deus o que mais. Nós costumávamos ter [cocaína] fluindo num avião particular.'
Vol. 4, diz Butler, custou $60.000 - $15.000 a menos que a conta de cocaína. O baixista relembra quando alguém batizou sua bebida com ácido, fazendo com que tentasse 'por um fim a isso' pulando da janela do hotel. 'Tony e Bill tinham que me segurar na cama,' ele se arrepia. 'eu comecei a parar com as drogas depois disso.'

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Menina de 6 anos detona no America's Got Talent Fonte: Death Metal: menina de 6 anos detona no America's Got Talent

Uma menina de 6 anos e seu irmão deram um show à parte no programa americano America's Got Talent. Ela surpreendeu a todos quando soltou o berro cantando uma música chamada "Zombie Skin". Confira o vídeo completo acima
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terça-feira, 25 de junho de 2013

10 músicos famosos com deficiências físicas

Texto originalmente publicado no Listverse.com, site que reúne diversas listas dos mais variados assuntos. Todas as opiniões aqui escritas são de responsabilidade dos editores do site. As opiniões pessoais do tradutor não estão inclusas no texto.

10: Itzahk Perlman. Pólio.

Muitos consideram Perlman o maior violinista do século XX. Ele contraiu Pólio, também conhecida como paralisia infantil, aos 4 anos, mas conseguiu fazer uma boa recuperação e aprendeu a andar apoiado em muletas. Hoje ele geralmente usa as muletas, ou então uma cadeira elétrica para locomoção. Ele toca violino sentado, o que todos devem ter visto na posse do Presidente Barack Obama.

09: Edgar Winter. Albinismo

Winter é um músico americano de Blues. Um aventureiro de vários instrumentos, como: teclado, saxofone, percussão e vocais, ele teve mais sucesso nos anos 1970, com o The Edgar Winter Group. Ele é facilmente reconhecido por seu albinismo. Devido à falta de pigmentação, várias pessoas com esse problema são extremamente sensíveis à luz. Winter, porém, fez sua carreira em palcos altamente iluminados enquanto tocava “Frankestein” de seu maior álbum: “They Only Come Out at Night”.

08. Paul Stanley. Microtia

Stanley Eisen (que usa Paul Stanley como nome artístico) é um dos guitarristas e vocalista do colosso do marketing/banda de rock KISS. Stanley nasceu com Microtia, uma rara e congênita deformidade onde a parte externa de sua orelha é extremamente mal desenvolvida ou falta por completo. Sua solução para evitar bullying na escola foi deixar o cabelo crescer. Stanley também é o porta-voz da About Face, uma organização que dá suporte a indivíduos com diferenças faciais.

07. Bret Michaels. Diabetes tipo 1

O vocalista do POISON, Bret Michaels, tinha somente seis anos de idade quando foi diagnosticado com Diabetes tipo 1, uma doença que faz com que o pâncreas pare de produzir insulina, um hormônio essencial para converter comida em energia. Aos 10 ele foi ao Kno-Koma Diabetes Camp, onde conheceu várias crianças com o mesmo problema e aprendeu bastante sobre a doença. Alguns anos depois ele se juntou ao POISON e vendeu 25 milhões de discos e constantemente fazia apresentações frenéticas no palco. Ele já está em seus 40 anos e continua aparecendo na TV e fazendo turnês.

06: Kenny G. Asma

O asmático Keneth Gorelick é um saxofonista ganhador do Grammy que um dia já foi rejeitado pelo programa musical da Universidade de Washington. Hoje ele poderia comprar a Universidade inteira. Seu Smooth Jazz expandiu o mercado da música e vendeu 48 milhões de discos, fazendo-o o 25º artista com maiores vendas da América. Um de seus álbuns de maior sucesso é intitulado “Breathless”.

05: Ray Charles. Cegueira

Charles é um tesouro Americano/musicista que misturou música Gospel, Blues e Country nos anos 1950 e 1960. Sua versão de “Georgia On My Mind” foi proclamada a música do Estado em 1979. A Rolling Stone o ranqueou como o número 10 em sua lista dos 100 maiores artistas de todos os tempos. Ele foi o último artista a chegar para as gravações de “We are the World”, e para ele a sala se calou.

04: Jackeline Du Pré. Esclerose Múltipla

Jackeline Du Pré é uma violoncelista britânica e reconhecida como uma das maiores em seu instrumento. Ela está particularmente associada com “Elgar’s Cello Concerto in E Minor”. Sua interpretação deste trabalho é descrita como “definitiva” e “lendária”. Sua carreira foi encurtada pela esclerose múltipla, que a forçou a parar de se apresentar aos 28 anos e também a sua morte prematura.

03. Tony Iommi. Acidente Industrial com amputação parcial dos dedos

Após seu acidente em uma fábrica de metais, o canhoto de 17 anos, Tony Iommi perdeu as pontas de seus dedos médio e anelar da mão direita. Ele considerou deixar a música, mas similar deficiência do guitarrista de Jazz Django Reinhardt o estimulou a continuar tocando. Após não conseguir mais tocar com a mão direita, Iommi colocou cordas de banjo em sua guitarra e pontas de plástico nos dois dedos danificados, derretendo tampas de plástico e pingando seus dedos com o material ainda maleável. Após este episódio ele cumpriu a fácil tarefa de formar o BLACK SABBATH, vender mais de 20 milhões de álbuns e se tornar um dos guitarristas mais influentes da hitória.

02: Rick Allen. Acidente de carro. Amputação do braço

Dirigindo para uma festa de virada de ano em 1984, o baterista do DEF LEPPARD, Rick Allen, sofreu um acidente e foi atirado de seu Corvette, cortando seu braço esquerdo. Os médicos inicialmente o colocaram de volta, mas tiveram que removê-lo devido infecções. Após a tragédia, Allen e uma equipe de engenheiros desenvolveram um kit de bateria eletrônica que o permitia tocar a caixa com o pé esquerdo. Após a fabricação destei instrumento especial, Allen voltou aos palcos em 1986, somente dois anos após o acidente. Em Agosto de 1987 a banda lançou seu quarto álbum, “Hysteria”, que vendeu mais de 20 milhões de cópias.

1: Ludwig Van Bethoven. Surdez

Enquanto criança ele tentava fazer com que seu pai parasse de bater em sua mãe. Enquanto homem seu nome é sinônimo de maestria musical, e ele escreveu as mais famosas peças musicais da história da humanidade. De acordo com FlameHorse (outro autor do lisverse.com, especializado em música clássica): “Os maiores trabalhos de Bethoven também são os maiores trabalhos da história da música [...] E ele conseguiu tudo isto mesmo sendo surdo pelos últimos 25 anos de sua vida” . Eu selecionei o terceiro movimento da Bethoven’s Moonlight Sonata, já que a maioria das pessoas só conhece sua primeira parte.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Humberto Gessinger: de volta às raízes gaúchas do rock


Em entrevista, Humberto Gessinger dos Engenheiros do Hawaii fala sobre novo trabalho solo.
Antes de chegar a Curitiba para apresentar show no Teatro Positivo neste sábado (22), Humberto Gessinger (líder dos Engenheiros do Hawaii) concedeu entrevista ao Eco Curitiba. Na ocasião, ele falou porque no álbum INSULAR (novo trabalho a ser lançado) decidiu trocar o formato acústico pelo elétrico, retornando às origens do rock gaúcho da década de 80.
Eco: Há algum tempo você vem investindo em trabalhos acústicos, como nos Engenheiros e no Pouca Vogal. O que motivou você a retornar ao formato elétrico?
Humberto: Pois é… Começou com o Acústico MTV, depois Novos Horizontes e Pouca Vogal. Quando dei por mim, estava há 10 anos no ambiente acústico. Já estava na hora de voltar ao ambiente em que me sinto mais à vontade: tocando baixo num power trio.
Eco: O seu novo trabalho será resultado de sua carreira solo. Qual a diferença em relação ao processo de criação dos Engenheiros do Hawaii? Há diferentes parcerias?
Humberto: Claro que a gente amadurece, masnão vejo nenhuma diferença na maneira como componho. O que me levou a assumir o INSULAR como disco solo foi o fato de ele não ter sido gravado com uma banda fixa. As canções pediram isso, vários convidados, diferentes ambientes. Foi um prazer tocar com músicos gaúchos que admiro muito e que, sem que eu premeditasse, acabaram representando as vertentes que acho mais legais da música gaúcha, do som mais regional ao mais cosmopolita.
Eco: Como você definiu o repertório do novo show já que conta, também, com canções mais obscuras dos Engenheiros?
Humberto: Faço questão de tocar músicas de todos os discos. É sempre legal tocar os clássicos, mas tem sido um prazer maior ainda redescobrir músicas que não tiveram tanta exposição quando lançadas. Parece que elas estavam aguardando chegar a hora certa.
Eco: Após esse trabalho da carreira solo há possibilidade de os Engenheiros retornarem. Qual formação você pensa retomar?
Humberto: Ainda não pensei no próximo capítulo. Nos próximos 03 anos estarei focado no INSULAR. Tenho muito orgulho da minha trajetória e sou grato por ter tocado com músicos incríveis. Mas o centro de tudo é sempre a música e não o formato.
Eco: O seu show pelo que dá para observar segue o mesmo clima pesado do Surfando Karmas e DNA (álbum pesado dos Engenheiros lançado em 2002). O trabalho solo segue nesta linha?
Humberto: Talvez o disco seja um pouco mais “gaúcho”do que o show. Mas o clima geral é bem parecido.

domingo, 23 de junho de 2013

Raul Seixas: A verdade do Universo

Autoproclamado o “primeiro artista de iê-iê-iê pós-romântico”, Raul Seixas cravou a desilusão da nossa classe média nas paradas com um dos maiores hits de 1973, a balada folk “Ouro de Tolo”. O sucesso transformou o produtor meticuloso em um ídolo pop, dali em guru/filósofo e dali em um mito do rock nacional. Para muito além das lendas, conheça o que realmente se passava na cabeça de Raulzito em três entrevistas históricas, em três momentos diferentes de sua carreira
Quando ganhou as rádios com “Ouro de Tolo”, vendendo 60 mil singles em poucos dias, Raul Seixas já podia se considerar um veterano.
Aos 27 anos (três a menos do que Celly Campello, por exemplo), o baiano de Salvador já tentava a sorte no Rio de Janeiro havia meia década. Apadrinhado por Jerry Adriani, Raul chegou com sua banda soteropolitana de iê-iê-iê (Raulzito & Os Panteras), um explosivo fracasso surgido quando ninguém mais queria saber de jovem guarda. Aceitou um convite para trabalhar como produtor na CBS, onde compôs e coordenou discos de gente tão diversa quanto Trio Ternura, Renato & Seus Blue Caps, Tony & Frankie, Leno e outros.
Por força do trabalho, descobriu o capixaba Sérgio Sampaio. “Acreditei tanto nesse cara que ele me convenceu a voltar a ser artista”, diria anos depois. Durante uma viagem da cúpula da CBS, Raul aproveitou os estúdios da casa e registrou um disco absolutamente caótico chamado Sociedade da Grã-Ordem Kavernita Apresenta: Sessão das Dez, gravado ao lado de Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star. Acabou demitido.
Em 1972, sem nada a perder, inscreveu-se no VII Festival Internacional da Canção com um curto-circuito entre baião e rock chamado “Let Me Sing, Let Me Sing”, que defendeu vestido de couro preto, como o Elvis de 1968. Rapidamente, foi contratado pela central de malucos que era a gravadora Philips. Raul já sabia tudo de estúdio, já sabia como manipular o gosto médio brasileiro e como provocar o público.
“Ouro de Tolo”, balada triste à moda de “Sentado à Beira do Caminho” e “Detalhes” (hits recentes de Roberto e Erasmo), com uma letra verborrágica à moda de Bob Dylan, era um sucesso esperado.
Antes do single, Raul já chamara a atenção ao aparecer no Programa Silvio Santos falando sobre discos voadores. Depois, saiu com seu parceiro, o letrista Paulo Coelho, pelo centro do Rio de Janeiro, cantando “Ouro de Tolo” 40 vezes, cercado por uma multidão de curiosos. E ainda topou trocar o “Corcel 73” da letra original por “carrão 73”, porque a Globo não queria fazer “propaganda gratuita” da Ford.
Assim, não espantou o sucesso da canção, nem que seu primeiro álbum-solo, Krig-Ha, Bandolo!, lançado em julho de 1973, tenha sido um hit nacional, emplacando outros clássicos como “Mosca na Sopa”, “Al Capone” e “Metamorfose Ambulante”, além de divulgar a imagem do cantor como ícone popular. A entrevista a seguir foi realizada no auge desse sucesso inicial e publicada em novembro de 1973 na revista Pop.
Como você define sua música?
Minha música é vendável, consumível, para ser entendida por todo mundo. Não adianta dizer as coisas para grupos pequenos, fechados. Minha música entra em todas as estruturas.
Se você tivesse de classificar sua música, como faria?
Sou o único no Brasil que faz o iê-iê-iê realista, pós-romântico. É uma visão nova das coisas.
Você considera a televisão importante para divulgar seu trabalho?
Numa certa medida, sim. Mas não dá para apresentar o trabalho como um todo. A gente não consegue se mostrar como é, frustra um pouco, sabe? De agora em diante, só vou fazer programas especiais.
Então o palco seria o lugar ideal para você mostrar seu trabalho?
É isso, adoro o palco. As luzes me fascinam, é um negócio mágico. A comunicação direta com o público é emocionante. Nos shows, a gente pode fazer um trabalho mais criativo, criando em cima das coisas que já fez.
E a música popular brasileira, Raul, como vai?
Hoje, felizmente, não existe mais a preocupação em classificar rumos e tendências. Cada um faz seu trabalho individualmente. Existem os trabalhos de Gil, Caetano, Macalé, Sérgio Sampaio, Milton Nascimento, Luiz Melodia, Novos Baianos, Gonzaguinha...
O que você acha dos trabalhos de Caetano e Gil?
Prefiro não falar sobre isso, não seria honesto. Se alguém tiver de falar, que sejam eles mesmos. Só posso dizer que eles sabem muito bem o que estão fazendo.
Você foi influenciado por eles?
Sim, eles são maravilhosos, foram eles que me deram o “primeiro tapa”. E tem também o Luiz Gonzaga, que eu sempre curti muito. É um negócio incrível, forte, comunicativo. Ficou, determinou as coisas pra mim.
Fora do Brasil, quem você considera mais importante na música pop?
John Lennon, o único cara que faz um trabalho concreto e objetivo nos Estados Unidos. Acho que a Yoko Ono abriu muito a cabeça dele.
Além dele, você se liga em alguém mais?
Gosto muito do Frank Zappa e seu grupo, Mothers of Invention, gosto do Genesis e do John McLaughlin – tremendo guitarrista. Sou muito ligado também nos Rolling Stones, que eu amo. Amo toda aquela zoeira que eles fazem. Mick Jagger é incrível, não existe. Fico imaginando Jagger e Lennon juntos, não dá nem pra pensar... o mundo virava de cabeça pra baixo. Eu procuro fazer alguma coisa parecida com o trabalho deles. Eles me influenciam na medida em que eu acredito e entendo o que eles fazem.
Raul conheceu o mochileiro-escritor-teatrólogo-compositor carioca Paulo Coelho após ler um texto sobre discos voadores publicado na revista hippie A Pomba. A parceria entre os dois renderia grandes clássicos do rock nacional, como “Tente Outra Vez”, “Medo da Chuva” ou “Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás”. Segundo um antigo amigo de Raul, o professor de inglês Cláudio Roberto (depois também seu parceiro em canções como “Maluco Beleza”), a influência de Paulo Coelho passou a nortear os passos do cantor. “Raul abraçou toda a megalomania, todo o sonho de poder de Paulo e isso fez muito mal a ele.” O cantor foi levado pelo escritor a conhecer uma ordem filosófica baseada na Lei de Thelema, desenvolvida pelo bruxo inglês Alester Crowley. O entusiasmo da dupla com a organização antideísta os levou a submeter diversas letras aos instrutores – uma delas, “Sociedade Alternativa”, praticamente repete o chamado Livro da Lei, outras, como “A Maçã” e “Tente Outra Vez”, seriam creditadas a Mauro Motta, por quem eram discipulados na Astrum Argentum (AA).
A obsessão dos dois em construir “uma verdadeira civilização thelêmica”, evidentemente, trouxe problemas com a Censura. Logo no show de lançamento de Krig-Ha, Bandolo!, a polícia apreendeu o gibi/manifesto A Fundação de Krig-Ha e o queimou como “material subversivo”. A Censura começou a cercar. A letra de seu single “Como Vovó Já Dizia” teve de ser mudada.
Um ano depois, finalmente, Raul e Paulo foram detidos para interrogatórios. Foram torturados durante seu período de maior fixação esotérica (e de maior envolvimento com drogas) e no auge da idéia da criação de uma sociedade alternativa. “Gita”, escrita nessa época, foi seu maior hit, vendendo 600 mil exemplares e puxando o álbum de mesmo nome para torná-lo o maior êxito de sua carreira.
Depois da prisão, da tortura e do exílio, tudo mudou. O álbum mais místico e impenetrável de Raul, Novo Aeon (1975), foi um fracasso comercial. As drogas e o ocultismo renderam experiências sobrenaturais confusas das quais nem o cantor nem o escritor nunca falaram abertamente. Veio a decepção com a AA e o encerramento da parceria. Paulo Coelho se converteu ao catolicismo – o que sedimentaria o caminho para que ele se tornasse um dos escritores mais famosos do mundo. Raul, por seu lado, foi se afastando do sucesso popular e se transformando em um personagem folclórico do rock brasileiro. A entrevista abaixo flagra o cantor rememorando a música e o ambiente das mudanças mais radicais de sua vida. Foi conduzida por Sonia Maia e publicada na revista Bizz em março de 1987.
Falando um pouco sobre MPB, o que foi significativo na época?
O tropicalismo foi importante, deu uma guinada na MPB. Não adianta você pichar, dizer que não deu, porque deu. E foi um movimento consciente, os meninos eram inteligentes.
Como era a sua relação com os empresários? Quais as dificuldades que você enfrentava?
Quando estive com o Guilherme Araújo (1973/74), fui destacado para ser mais um baiano. Era baiano, mas não era dos baianos. Os empresários cuidavam dos livros, economicamente falando, e me passavam para trás. Jogavam tudo que era meu no imposto de renda deles. Esse negócio começou a me dar bronca. Tentei outros caras, mas os lugares em que ia tocar não me contentavam. Era muita feira de gado. Os empresários me passam para trás porque sou muito ingênuo nessa coisa de dinheiro. Muitas vezes eu fazia arbitrariedades porque sabia que não ia receber.
O que aconteceu nos bastidores do Festival Internacional da Canção de 1972?
Eu ia tirar a segunda colocação nesse festival com “Let Me Sing, Let Me Sing”, e o pessoal federal estava atrás da coxia dizendo que se eu ganhasse estava frito. Nunca tinha visto isso. Fiquei apavorado! Eu não podia ganhar! Isso porque o júri, segundo eles, era anarquista – Rogério Duprat, Guilherme Araújo, Nelsinho Motta. Peguei o terceiro lugar.
Desde o começo você apostava na fusão do rock com a música regional brasileira.
Nasci numa época fértil da música no Brasil. Tinha bossa nova, chachachá, Luiz Gonzaga, Trio Los Panchos, Yma Sumac. Quando resolvi escancarar, escancarei tudo de vez. E com o rock, porque morava ao lado do consulado e andava com os americanos. Era um negócio fabuloso, uma cultura fascinante, e juntei tudo numa coisa só.
Fale um pouco da sua parceria com Paulo Coelho.
Posso dizer que existia uma briga cultural com ele, para ver quem ganhava. Eu era o melhor amigo do inimigo, e vice-versa. Depois, houve um certo desgaste no relacionamento. Mas sempre foi uma boa parceria, saíram obras lindíssimas.
Em 1973, você se envolveu com ocultismo. Você chegou até a ser expulso dessa sociedade esotérica...
Além de ser expulso da AA, fui posto para fora do país. Essa sociedade simpatizou com a música “Sociedade Alternativa” e com o trabalho que estávamos fazendo na época, que era uma reestruturação de todos os valores. Mas isso acarretou muitos prejuízos para mim. Essa mudança de valores não foi completa porque o governo não gostou. A AA me deu um terreno enorme em Minas Gerais para construir a Cidade das Estrelas, meu sonho na época. Tipo colocar o antiadvogado, o antiguarda, o antitudo... Mutação radical de valores mesmo.
Você já disse que a Sociedade Alternativa nunca começou nem terminou, que ela sempre existiu.
Ela sempre existiu, desde o tempo do Egito antigo. Inclusive o filósofo e estudioso Aleister Crowley, que é o papa maior dessa entidade, se baseou nos papiros egípcios, uma coisa de Osíris, Íris e Hórus – pai, mãe e filho. E ele descobriu um segredo terrível.
Qual era o segredo?
Não sei, porque era neófito. Só na quarta iniciação eles contavam o segredo (risos). Por isso disse que nunca começou nem terminou. O que é, é. E sempre será.
Conte os detalhes de sua expulsão do Brasil, em 1974.
Veio uma ordem de prisão do Exército e me detiveram no Aterro do Flamengo. Me levaram para um lugar que não sei onde era. Imagine a situação: estava nu, com uma carapuça preta. E veio de lá mil barbaridades. Tudo para eu dizer os nomes de quem fazia parte da Sociedade Alternativa, que, segundo eles, era um movimento revolucionário contra o governo. O que não era. Era uma coisa mais espiritual. Preferiria dizer que tinha pacto com o demônio a dizer que tinha parte com a revolução. Então foi isso, me escoltaram até o aeroporto.
Chegaram e literalmente mandaram embora?
“Literalmente” é choque no saco. Fui torturado no governo Geisel. Fiquei três dias num lugar desconhecido, apavorado.
E te largaram nos Estados Unidos?
Sim, mas eu tinha família lá, era casado com uma americana. Primeiro, fui para a Geórgia e comprei um Cadillac ano 57, cor-de-rosa, do tempo do Elvis. Chegamos a Nova York e fomos morar no Greenwich Village. Ali é brabeza. Uma noite fui parar numa rua sem saída. E lá vi um palhaço – bonito, todo vestido pomposamente – comendo lixo. Ele me ofereceu. O lixo americano é bem mais saudável, tem uma porção de coisas. Fiz a festa.
E os óvnis?
Em 1973, comecei a falar nisso e ninguém me levou a sério. Aí me encheram tanto que parei, estava cansado de dar murro em ponta de faca. Compus “Ouro de Tolo” porque realmente vi um disco voador. Foi um toque estranho mesmo, me senti impelido. Eu vomitei a música. Foi na Barra da Tijuca e durou uns 10 minutos. E eu sou cético, agnóstico...
Ao longo da década de 80, Raul enfrentou toda sorte de dificuldades – brigando com a imagem de “guru” que o aprisionava, com a indústria do disco, com a saúde debilitada, com o alcoolismo, com a diabetes, às vezes com seu próprio público. Fechou-se em sua nostalgia e passou a ser visto como uma figura romântica, saudosa dos bons tempos do “verdadeiro rock’n’roll”. Depois de quatro anos afastado dos palcos, vivendo sozinho em um pequeno apartamento no centro de São Paulo, o ex-Camisa de Vênus Marcelo Nova convidou o ídolo para uma série de 50 shows celebratórios por todo o Brasil. Em 21 de agosto de 1989, na véspera de ver lançado o disco de canções inéditas que gravaram em conjunto (A Panela do Diabo), Raul Seixas morreu, de parada cardíaca. Nascia o mais forte mito da história da música brasileira. Na entrevista a seguir, conduzida por Luísa de Oliveira e publicada na revista Bizz em março de 1986, Raul reafirmava sua convicção no rock’n’roll original e explicava por que acreditava que o estilo morrera em 1959.
Quando você começou a ouvir rock’n’roll?
Eu tinha 9 anos e morava perto do consulado americano. Andava muito com o pessoal de lá e foram eles que me apresentaram Little Richard, o primeiro que fez minha cabeça, Howlin’ Wolf, Bo Diddley, Chuck Berry... Aos 10 anos já tocava nos Relâmpagos do Rock. Tínhamos um amplificador que era um rádio de válvula adaptado pelo meu pai. Isso em 1954, 55, ninguém sabia o que era rock. Eu tocava e me atirava no chão, imitando o Little Richard, como via nos filmes americanos. E sempre notava que as primeiras filas ficavam vazias. É que as mães pensavam que eu era epiléptico. Tocamos assim até 1966, quando fui gravar Raulzito & Seus Panteras.
Como era o rock baiano na época?
Eram poucos os conjuntos... The Gentlemen, Os Minos, em que tocava o Pepeu. Mas o pessoal que vinha do Rio ouvia falar de um tal grupo baiano que mais entendia de rock’n’roll. Assim, acompanhamos todo mundo da jovem guarda: Ed Wilson, Roberto Carlos, Wanderléa, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso. Mas eu gostava mesmo era dos Jet Blacks.
Qual era a visão do povo em relação ao rock?
A bossa nova surgiu com o chachachá, e o rock’n’roll, com uma influência do calipso. Era chique tocar bossa nova e o chachachá era permitido. Com o rock era outra história: eu tinha de ir até o clube das empregadas para dançar com elas. A empregada lá de casa era minha fã. Chegou uma vez para a minha mãe e disse que tinha dançado comigo. Minha mãe quase morreu... E eu ia dançar também com o pessoal da TR, uma transportadora de lixo. Era a moçada que curtia rock. Não se falava disso na sociedade. Rock era coisa de empregada. Lembro que a gente tocava num lugar chamado Cinema Roma – era o templo do rock. E no Teatro Vila Velha se apresentavam os intelectuais: Caetano, Gil, Tom Zé, Maria Bethânia, que faziam bossa nova.
Você era marginalizado por isso?
Se era... Freqüentava o Iate e o Tênis, que eram os clubes mais metidos a besta de Salvador. Chegava de camisa vermelha, com gola levantada e ficava num canto tomando cuba-libre enquanto os outros dançavam. Mas não me importava, me achava importante, tipo “tô revolucionando tudo”.
E como você vê o rock nas décadas seguintes?
Pra mim, ele morreu em 1959. Rock’n’roll era um comportamento, James Dean, todo um momento histórico. Aí veio o caos, quando as indústrias não podiam mais parar de fabricar discos. Quando entrou a década de 60, botaram Chubby Checker para cantar “Hava Naguila”, inventaram o hully gully e o twist. O movimento já tinha passado.
Tem um escrito seu muito interessante, “Duas palavras sobre a Revolução Pop”...
Digo isso na música “A Verdade Sobre a Nostalgia”, do disco Novo Aeon: “Mamãe já ouve Beatles, papai já desbundou/ com meu cabelo grande/ eu fiquei contra o que eu já sou”. Não é isso? Esse movimento todo foi por água abaixo porque o sistema se utilizou disso e os jovens não notaram que estavam comprando roupa hippie. Como os punks comprando roupa punk, raspando a cabeça e cantando músicas que o sistema comercializa. Não é assim que se entra. Tem de entrar em buraco de rato. Não como esses conjuntos que a Globo faz, que são meteoros e são “sucumbidos”. As coisas pré-fabricadas não duram.
Para muita gente, você sempre teve fama de irresponsável. Considera isso uma injustiça?
Sou teimoso e todos querem que eu seja certinho. Não, sou chato mesmo, “mosca na sopa” até hoje. Sou mais anárquico do que irresponsável, mas sei jogar direitinho, com uma boa dose de cautela. Se você mover uma peça errada, dança.

sábado, 22 de junho de 2013

Ocultismo e no Rock e Heavy Metal

Escrita por volta de 1997, esta matéria foi copiada à exaustão em sites por toda a internet nacional. Mas esta é a versão original, publicada no site original. Fico devendo uma atualização. Vai rolar cedo ou tarde. :-)
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Introdução
Desde suas raízes o rock sempre foi associado de uma forma ou de outra ao ocultismo. Mesmo quando não associado diretamente a adoração ao demônio o rock tem sido frequentemente acusado de incitar a rebeldia e despertar sentimentos violentos nos jovens. O objetivo desta página não é acusar o rock nem de maneira alguma denegrir a imagem das bandas aqui citadas. Interpreto os casos e temas aqui citados, mesmo que pareçam negativos, apenas como mais uma das facetas curiosas do rock.
O assunto desta página não é satanismo e não pense encontrar aqui nada além de meras curiosidades. As fontes de parte do material aqui contido são livros evangélicos norte-americanos de acusação ao rock, portanto espere encontrar, no meio do material, muitas bobagens e boatos que são citados apenas como curiosidade. Na maioria dos casos, quando se afirma algo como "ao girar um disco do Led Zeppelin ao inverso se ouvem mensagens satânicas" a interpretação correta deve ser "segundo alguns ao se girar um disco do Led Zeppelin ao inverso se ouvem mensagens satânicas". Para evitar repetição do termo "segundo alguns" ou coisas semelhantes os fatos são apenas citados como verdadeiros, mas em muitos casos não devem ser interpretados como tais.
Não serão muito abordados neste texto bandas declaramente satânicas ou bandas que abordam constantemente o tema. O assunto aqui é ocultismo, satanismo, religião, etc de bandas que não são normalmente consideradas deste tipo. Também não serão na maioria dos casos abordadas bandas obscuras.
Mais uma vez informo que o conteúdo desta página deve ser considerado apenas como curiosidades.
Os Motivos da Associação Frequente entre Rock e Satanismo
Quais seriam as razões das frequentes acusações de grupos, principalmente evangélicos, sobre a ligação entre rock e adoração ao demônio?
a) O rock de uma maneira geral prega a rebeldia contra os costumes vigentes e ataca o sistema vigente, incluindo a religião vigente. Esta anti-religião facilmente é confundida com uma religião anti-cristã.
b) O rock prega o hedonismo, o que é contrário à pregação das igrejas cristãs e frequentemente associado a satanismo. Na realidade o hedonismo, o gozo máximo dos prazeres terrenos (drogas, sexo) é realmente um dos princípios da maior parte das seitas satanistas.
c) O rock prega o individualismo, a vontade própria acima da vontade da maioria. Este é um outro ponto fundamental das seitas satanistas, sendo inclusive o resumo do pensamento do "satanista" inglês Aleister Crowley: "Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei". Isso será melhor abordado adiante.
Devido fundamentalmente a estas três características o rock foi a início taxado de demoníaco. Com as acusações já existentes algumas bandas resolveram levar a polêmica adiante, propositalmente ou não. O maior motivo das acusações de satanismo nas duas últimas décadas se deve ao fato de muitos rock-stars terem adotado abertamente uma atitude (ou ao menos uma aparência) demoníaca, (como KissOzzy OsbourneAlice Cooper, Wasp, etc) enquanto outros abordam com certa frequência o tema do oculto (Rolling Stones, Iron MaidenBlack SabbathAC/DC, etc). Este interesse em parecer demoníaco ou abordar temas demoníacos pode ser explicado facilmente por qualquer uma das seguintes alternativas:
a) Arte. Uma música que aborda o tema satanismo pode ser considerada apenas uma expressão artística sobre o tema, assim como um bom livro ou filme de terror.
b) Rebeldia. A abordagem de temas "proibidos" pode ser apenas mais uma maneira de chocar a sociedade conservadora. Além do mais o ser humano tem uma tendência a apreciar o que é proibido pela maioria.
c) Interesse pelo oculto, o que não implica obrigatoriamente em satanismo. O tema do oculto pode ser abordado apenas pelo fato de despertar interesse e não por despertar credos religiosos.
Algumas Bandas e Artistas Acusados de Satanismo
Robert Johnson - Artista de blues da década de 30 que influenciou direta ou indiretamente todo o cenário do rock. Robert Johnson dizia ter feito um pacto com o demônio em troca de sua musicalidade e do sucesso, tendo abordado este tema em suas músicas. O filme Crossroads (A Encruzilhada, com Ralph Machio, o garoto de Karate Kid) aborda superficialmente a história de Robert Johnson, que morreu envenenado por um marido traído.
Rolling Stones - A primeira banda a abordar o tema satanismo em suas letras com a música Simpathy For The Devil (Simpatia pelo Demônio) e o disco entitulado Their Satanics Majesties Request (Serviço de Sua Majestade Satânica). Além disso em diversos discos colocaram referências a satanismo ou vodoo, como nos álbuns Goats Head Soup (gravuras do encarte) e no álbum Voodo Lounge.
Beatles - Em seus últimos discos abordaram religiões orientais com frequência além de terem abusado do experimentalismo com drogas. John Lennon foi um estudioso do bruxo inglês Aleister Crowley. Crowley é uma das figuras presentes na capa do álbum Sgt Peppers.
Black Sabbath - A primeira banda a adotar abertamente uma temática e visual satânicos. O nome Black Sabbath é uma referência a encontros de feiticeiras. Seus álbuns são algumas vezes adornados com cruzes e demônios. Além disso muitas letras falam de Satan, como NIB e War Pigs.
Ozzy Osbourne - Ex-vocalista do Black Sabbath. Embora não tenha abordado profundamente em suas letras a temática satanista, desenvolveu um visual demoníaco, com maquiagem pesada e mesmo lentes de contato vermelha. A música Suicide Solution foi acusada de gerar suicidios de jovens.
Led Zeppelin - Com certeza a banda mais acusada de ter temas satanistas escondidos em suas letras gravados de tras para frente. O certo é que o guitarrista Jimmy Page foi um profundo estudioso do bruxo inglês Aleister Crowley, chegando a comprar a mansão deste. A morte do baterista John Bonhan e frequentes acidentes envolvendo os membros restantes são considerados por muitos provas definitivas do pacto feito entre a banda e o demônio.
Alice Cooper - O codinome do vocalista (e da banda) segundo ele próprio foi sugerido em uma mesa de ouija (algo semelhante ao "jogo do copo") por um espírito. O visual com maquiagem viria a ser copiado exaustivamente.
Eagles - Embora não tenham absolutamente nenhuma aparência ou temática satânica em sua letras, um ex-produtor acusou a banda de ligações com a organização conhecida como Igreja de Satan. Logo mais descobriu-se que a música Hotel California possuia mensagens satânicas gravadas ao inverso e que tratava na realidade sobre a sede da Igreja de Satan no estado da Califórnia, que havia sido anteriormente um hotel.
Doors - O vocalista Jim Morrison se casou em um ritual pagão com uma bruxa. Além disto Jim Morrison dizia trazer dentro de si o espírito de um feiticeiro índio, um "shaman".
Iron Maiden - Após terem lançado o disco The Number of The Beast (o número da besta) passaram a ser frequentemente taxados de satanistas embora raramente abordem o tema. A mascote Eddie (um simpático morto vivo) das capas dos discos é frequentemente associada a um demônio.
Kiss - Embora não costume abordar temas satânicos em suas letras o visual carregado e truques de palco do baixista Gene Simons (que se veste e se maquia como um vampiro, vomita sangue e cospe fogo) levou parte da opinião pública a taxar a banda de satanistas. O nome Kiss (beijo) chegou a ser interpretado como sigla para Kids In Sata's Service (Crianças a Serviço de Satan) ou Knights In Satan's Service (Cavaleiros a Serviço de Satan). Boatos ridículos informavam ainda que a banda fazia sacrificios de animais em seus shows embora isso nunca tenha sido presenciado.
AC/DC - Com o álbum Highway To Hell (Auto Estrada para o Inferno) e músicas como Hell's Bells (Sinos do Inferno) foi prontamente taxada de satanista. A situação piorou quando um conhecido assassino serial psicopata conhecido como "Night Stalker" (Rastejador Noturno) afirmou matar influenciado pelas letras da banda.
Mercyful Fate - banda Dinamarquesa de grande influência e cuja marca principal é o visual satânico do vocalista King Diamond (que mais tarde seguiu carreira solo). King Diamond afirmava dormir em um caixão e ser capaz de falar de trás para frente e imprensa acreditava. A banda usava (e usa) na decoração de seu palco restos humanos (ossos) reais, o que não constitui crime na Dinamarca.
Correntes "Satânicas" Que Influenciaram o Rock
Aleister Crowley
Aleister Crowley foi um filósofo Inglês do século 19, considerado por muitos um bruxo e satanista. Seu pensamento e pregação se resumiam basicamente no conteúdo da obra chamada Livro da Lei e na doutrina conhecida por Thelema (palavra grega que significa vontade) e que pode ser resumida em "Faz o que quiseres que tudo deve ser da lei. Todo homem é um indivíduo único e tem direito a viver como quiser".
Os princípios hedonistas de Crowley, com a pregação do aproveitamento dos prazeres terrenos, incluindo sexo e drogas, foram base para todas as doutrinas satanistas que se seguiram, embora Crowley não tenha de maneira clara em sua obra se declarado satanista, sendo mais apenas um anti-cristão, tendo tomado para si próprio a denominação de "Número 666".
Por ser uma figura controversa Aleister Crowley despertou muito interesse entre artista de rock.
É Aleister Crowley o sujeito da música Mr Crowley de Ozzy Osbourne.
O disco Seventh Son Of a Seventh Son do Iron Maiden possui várias citações a trechos da obra de Aleister Crowley.
Um dos mais famosos estudiosos da obra de Crowley foi Jimmy Page, Guitarrista do Led Zeppelin. Além de adquirir manuscritos e objetos pessoais de Crowley Page chegou a comprar a mansão do bruxo às margens do Lago Ness onde Crowley teoricamente faria seus rituais.
Aleister Crowley aparece entre os personagens da capa do disco Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band dos Beatles.
No rock do Brasil a maior personalidade ligada ao pensamento de Crowley foi Raul Seixas. A música Sociedade Alternativa, entre outras, são exemplos disto. Ao final de Sociedade Alternativa Raul Seixas grita para o público: "O Número 666 chama-se Aleister Crowley. A lei de Thelema... esta é a nossa lei e a alegria do mundo. Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei. Todo homem e toda mulher é uma estrela." Tratam-se de trechos da obra de Crowley.
H. P. Lovecraft
Howard Philips Lovecraft foi um escrito de ficção nascido em 1890 e morto em 1937. É considerado um dos pais da ficção e do terror modernos na literatura.
Lovecraft costumava fazer parecer em seus livros que os demônios e rituais citados eram reais, inclusive citando como fontes de seus conhecimentos a mitologia grega, egípcia, árabe e assíria embora tudo não passasse de ficção. Costumava citar frequentemente em seus contos demônios como Cthulhu e Shub-Nigurath além de abordar os rituais de invocação que haveriam escritos em um livro chamado Necronomicon (Livro dos Mortos).
O livro dos mortos nunca existiu, porém Lovecraft o tratava de forma tão detalhada em seus livros que chegaram a se criar seitas de estudo do Necronomicon e várias versões foram forjadas deste livro. O Necronomicon é o livro tema da série de filmes A Morte do Demônio (Uma Noite Alucinante) em que um grupo de jovens invoca sem querer forças incontroláveis. É também baseada na obra de Lovecraft a série Re-Animator entre muutos outros filmes e livros.
A influência de Lovecraft entre bandas de rock é apenas literária, mas os demônios e rituais de sua obra costumam ser confundidas com uma religião de verdade, o que leva muitos a considerarem isto satanismo.
A música Call of Cthulhu do Metallica é baseada no livro de mesmo nome de H. P. Lovecraft. Cthulhu é uma criatura (um demônio) que dormiria no fundo dos oceanos, se comunicando com os humanos através de sonhos.
Na capa do disco Live After Death do Iron Maiden é de H. P. Lovecraft a citação escrita na lápide da sepultura de Eddie. "That is not dead which can eternal lie, And with strange aeons even death may die." A tradução aproximada seria "Não está morto o que eternamente jaz inanimado, e em realidades estranhas até a morte pode ser vencida". Obviamente o trecho, que seria uma citação do Necronomicon, trata sobre a vida após a morte.
Igreja de Satan (Church Of Satan) de Antony LaVey
Antony LaVey é considerado o pai do Satanismo moderno sendo o fundador da seita satânica mais espalhada e mais influente em todo o mundo. Os preceitos de sua seita são bastante semelhantes aos preceitos de Crowley, pregando o prazer terreno e o abuso de drogas e sexo como meio de encontrar este prazer. A Church Of Satan tem ainda como característica a finalidade de ridicularizar e denegrir a imagem de Cristo e da igreja católica, mostrando o Deus cristão como causador dos males da humanidade e Satan como um ser misericordioso e compreensivo, uma alternativa ao Deus carrasco cristão.
Uma das bandas mais conhecidas da década de 70, The Eagles, é acusada por grupos evangélicos de ser particpante do movimento Church Of Satan. Os boatos surgiram quando a banda foi denunciada como satanista por um ex-produtor vingativo. O principal hit dos Eagles, Hotel California, recentemente relançado, seria uma referência à sede da Igreja de Satan na Califórnia, cujo prédio anteriormente haveria sido um cinema. Ao ouvir o disco ao contrário segundo afirmavam os evangélicos, surgiam mensagens satânicas.
Na música Simpathy For The Devil dos Rolling Stones o personagem principal é o demônio, cantando em primeira pessoa. Mick Jagger confirmou que o fundador da Igreja de Satan, Antony LaVey, foi o inspirador da canção.
Citações de Ocultismo em Letras de Rock
Conjuring (Megadeth): "I am the devil's advocate, a salesman if you will. Come join me in my infernal depths. I've got your soul! Obey!".(Sou o advogado do diabo, um vendedor se você preferir. Venha se juntar a mim nas profundezas do inferno. Sua alma é minha. Obedeça).
The Prince (Metallica): "Angel from below, I wish to sell my soul. Devil, take my soul. With diamonds you repay. I don't care for heaven so don't you loonk for me to cry. And I will burn In hell from the day I die." (Anjo das profundezas, eu quero vender minha alma. Demônio, leve minha alma, com diamantes você paga. Eu não me importo com o paraíso então não espere me ver chorar. E eu vou queimar no inferno a partir do dia em que morrer.)
Burn In Hell (Twisted Sister): "Welcome to the abandoned land. Come on in, child, take my hand. Here there is no work or, only one bill to pay. There's just five words to say as you go down, down, down. You're gonna Burn in hell!" (Bemvindo à terra do abandono. Venha, criança, segure minha mão. Aqui não há trabalho, apenas uma conta a pagar. Há apenas cinco palavras a dizer enquanto você cai. Você vai queimar no inferno.)
Homebound Train (Bon Jovi): "When I was just a boy the devil took my hand. Took me from my home, he made me a man." (Quando eu era apenas um garoto o demônio tomou minha mão, me levou de casa e me fez um homem.)
Possessed (Suicidal Tendencies): "I'm a prisoner of a demon... It stays with me wherever I go, I can't break away from its hold. This must be my punishment for selling my soul!" (Sou prisioneiro de um demônio, ele fica comigo onde quer que eu vá e não posso fugir de seu domínio. Deve ser minha punição por vender minha alma.)
Incitações ao Suicídio em Letras de Rock
O suicídio é considerado por seitas cristãs e espíritas o maior dos insultos a Deus em virtude de ser a negação da vida. Desta forma são consideradas também provas do envolvimento do rock com satanismo a frequente abordagem do tema suicídio.
Fade To Black (Metallica): "I have lost the will to live, simply nothing more to give. There is nothing more for me, need the end to set me free." (Eu perdi a razão de viver, simplesmente não tenho mais nada a dar, não existe nada mais para mim, preciso do fim para me libertar.).
Uma das músicas mais polêmicas da história do rock foi Suicide Solution, de Ozzy Osbourne. Após algumas pessoas terem acusado ser a música a responsável por algusn suicídios de jovens, o Institute for Bio-Acoustics Research foi contratado por grupos evangélicos para fazer uma avaliação da música e o relatório final apontou mensagens subliminares que não seriam audíveis conscientemente mas capazes de influenciar o inconsciente do ouvinte. A mensagem escondida estaria gravada em rotação alterada e seria "Why try, why try? Get the gun and try! Try it! Shoot! Shoot! Shoot!" seguido de uma risada. (Porque não tentar? Pegue uma arma e atire! Atire!) Além disso haveriam na música frequências sonoras especiais capazes de aumentar a capacidade de influência das mensagens subliminares. Acredite se quiser mas antes lembre-se que o "estudo" foi encomendado por um grupo evangélico.
Curiosamente a música Suicide Solution não trata sobre suicídio como pensa a quase totalidade (inclusive os fãs de Ozzy Osbourne). A música trata sobre alcoolismo e foi escrita por Ozzy quando o vocalista do AC/DC, Bon Scott, morreu de coma alcóolico. A palavra "solution" do título é "solução" no sentido de "mistura" e não no sentido de "resposta". A tradução correta seria "mistura suicida" se referindo ao álcôol. Isso pode ser facilmente confirmado ao observar a letra que está traduzida e comentada na página de Letras Traduzidas.
Crimes e Suicídios Relacionados ao Rock
Atenção: muitos dos fatos a seguir podem ser apenas resultado de exageros ou meias-verdades, mas foram publicados na imprensa e de uma forma ou de outra aconteceram.
O satanista Richard Ramirez, conhecido como Night Stalker, que aterrorizou a califórnia na década de 80, tendo matado mais de 14 pessoas, se declarou um grande fã do AC/DC.
Os pais do garoto Steve Boucher, que se suicidou com um tiro na cabeça, tentaram processar a banda AC/DC dizendo ser a música Shoot to Thrill a responsável. O garoto se suicidou sentado sobre um poster do AC/DC.
Em fevereiro de 1986 foi encontrado o corpo enforcado do garoto Phillip Morton, enquanto ao fundo o disco The Wall (com as músicas Goodbye Cruel World e Waiting for the Worms) tocava continuamente.
Em San Antonio, Texas, um garoto de 16 anos matou uma tia a punhaladas e contou à polícia que no momento do crime estava hipnotizado pela música do Pink Floyd, não podendo sequer se lembrar do ocorrido.
Em outubro de 1984 John McCollum, de 19 anos, se matou com um tiro na cabeça enquanto ouvia Suicide Solution de Ozzy Osbourne. Ele ainda estava com headphones quando o corpo foi encontrado.
Em dezembro de 1985 dois garotos de 18 anos, Raymond Belknap e James Vance, depois de ouvir Beyond the Realms of Death (Judas Priest), foram ao playground de uma igreja próxima e se suicidaram com tiros de espingarda. Os pais tentaram mover uma ação contra o Judas Priest.
Dennis Bartts, 16 anos, de Center Point, Texas, informou a um amigo que pretendia encontrar Satan, foi ao campo de futebol da escola e se enforcou na trave enquanto ouvia Highway to Hell (AC/DC) em um walkman.
Em 9 de janeiro de 1988 Thomas Sullivan, 14 anos, fã de Ozzy Osbourne, cortou a garganta da mãe e se suicidou em seguida.
Em 12 de abril de 1985, um garoto fanático por heavy metal de 14 anos matou três pessoas. O garoto (que tinha tatuado um grande 666 no peito) informou estar dominado por Eddie (mascote do Iron Maiden) quando cometeu os assassinatos.
Em 1987 foi capturado o assassino serial, ocultista e canibal Gary Heidnik. Em sua casa na Philadelfia os vizinhos escutavam heavy metal durante todo o dia.
Os Beatles e Charles Manson
Um dos casos mais famosos porém de assassinatos ligados ao rock foi a ação do maníaco americano Charles Manson e sua fascinação pela música dos Beatles.
Manson era um fanático religioso que acreditava ser Jesus Cristo encarnado e possuir uma "família", seguidores de suas pregações. Manson acreditava tb que os Beatles eram anjos mandados a Terra por Deus para avisar os homens sobre o terrível apocalipse que se aproximava, e que eles haviam feito isso através do famoso White Album, o Álbum Branco. As canções segundo Charles citavam suicídio (Yer Blues), os próprios sons do Armageddon trazidos pelos "anjos do apocalipse" (Revolution# 9), sugestões de destruição (a versão de Revolution contida no álbum chamada de Revolution# 1 era um take mais lento do famoso single da banda e na frase que fala "But when you talk about destruction... don´t you no that you can count me out..." eis que imediatamente após a última palavra (out) uma voz pronuncia de uma forma bem clara " in"), e, principalmente as guerras raciais figuradas em diversas músicas, "Piggies" seriam os "porcos brancos" e "Black Bird" possivelmente os Panteras Negras. Nota-se no fade-out de "Piggies" sons de metralhadoras, a guerra declarada. E relacionada a isso ainda, talvez a mais grave das alegações de Manson "Helter Skelter", o caos total, as guerras racias, a destruição, a revolução final.
Charles em certa época teve uma música supostamente roubada pelos "Beach Boys", sua canção "Cease to Exit" teria sido utilizada pelo grupo californiano sobre o título de "Never Learn Not to Love" para o álbum 20/20. A fúria de Manson caiu principalmente sobre Terry Melcher (filho de Doris Day) um produtor musical que havia negado um contrato de gravação de suas musicas, incluindo a utilizada pelos Beach Boys, estes fazendo grande sucesso c/ a "versão" de sua canção.
A decisão deste foi completamente irracional. Invadir com sua "família" a ex-residência do produtor. Na loucura de Manson não importava se Melcher não morasse mais lá. A nova moradora era a atriz Sharon Tate na época recém casada com o diretor Roman Polanski. A artista estava com alguns amigos em sua casa. Manson promoveu uma chacina, em uma atitude absurdamente covarde.
A ligação com os Beatles? A familia Manson utilizou o sangue de suas vítimas para escrever nas paredes da casa "Helter Skelter", "Political Piggy" e "Arrise". Helter Skelter e seu significado tomado por Manson, citados antes, seriam o seu propósito, Political Piggy seria a referência as pessoas mortas ali e Arise, uma citação a um trecho da música "Black Bird": "You´re only waiting for this moment to arise", este trecho é repetido várias vezes na música.
Um outro fato ligado a banda e o seu Álbum Branco é que um das assassinos possuia o apelido "Sexy Sadie" outra música do disco dos fabfour. McCartney, Lennon, Harrison e Starr , principalmente os 3 primeiros declararam a insanidade de Charles Manson (já óbvia) e seu completo desconhecimento dos objetivos do clã do citado (tb um fato óbvio).
(enviado por Tiago Coutinho)
Outros Fatos Relacionados a Ocultismo no Rock
Na capa de Highway To Hell (AC/DC) além de Angus estar fantasiado de demônio o vocalista Bom Scott usa um colar com um pentagrama (símbolo do satanismo). O pentagrama é também o símbolo da banda Slayer.
O símbolo que representa o guitarrista Jimmy Page (algo semelhante a Zoso) segundo alguns trata-se de um 666 estilizado.
Na revista Smash Hits Jon Bon Jovi declarou: "Eu mataria minha mãe pelo rock and roll... eu venderia minha alma."
Trey Azagthoh, guitarrista do Morbid Angel, se declara um vampiro e nos shows costuma se morder e beber seu próprio sangue. A mania teve início quando ao se cortar ele chupou o próprio sangue para evitar que escorresse e o sujasse inteiro. Terminou gostando.
Em 1992 a banda Iron Maiden foi proibida de tocar no Chile. A Igreja Católica pediu ao governo providências contra a apresentação da banda e foi atendida. Segundo a igreja a música Bring Your Daughter To The Slaughter incitava o assassinato e The Number Of The Beast incitava satanismo e assassinatos.
David Bowie em entrevista à Rollign Stone prestou o seguinte depoimento: "O rock semrpe foi a música do demônio. Eu acredito que o rock and roll seja perigoso. Sinto que estamos brincando com algo mais assustador do que nós mesmos."
Um fã da banda Slayer escreveu na Spin Magazine (Maio de 1989): "Eu odeio seu Deus Jesus Cristo. Satan é meu senhor. Eu sacrifico animais para ele. Meu deus é o Slayer. São nas letras de sua música que acredito."
Ao receber o MTV Awards de 1992 o grupo Red Hot Chili Peppers fez o seguinte agradecimento: "Antes de mais nada queremos agradecer a Satan!"
Angus Young, guitarrista da banda AC/DC em entrevista à Hit parader: "Eu sou apenas um instrumento. Quando subo ao palco alguma coisa me possui e me faz agir."
A música The Temples of Syrinx do álbum 2112 do Rush tem como tema o deus pagão Pã, constantemente associado ao demônio.
Em 1974, durante o lançamento do primeiro disco da gravadora Swan Song, comandada pelos componentes do Led Zeppelin, foi armada uma festa (em uma caverna) com temática de ocultismo que incluia mulheres nuas encenando uma missa negra e garotas vestidas de freiras fazendo strip tease.
A fascinação de Jimmy Page (guitarrista do Led Zeppelin) pelo oculto era tão grande que ele chegou a possuir a maior loja de livros de ocultismo da Europa, chamada The Equinox. Sua curiosidade sobre a obra de Crowley o levou a adquirir, além de milhares de objetos pessoais, livros e manuscrito, a mansão de Crowley, chamada Boleskine, localizada às margens do Lago Ness. Segundo contam as lendas Crowley praticava rituais satanicos na casa. Depois que Jimmy Page comprou a mansão um caseiro se suicidou inexplicavelmente e um outro ficou louco.
Na edição original em vinil do terceiro álbum do Led Zeppelin constava a inscrição "Do what thou wilt" (Faze o que quiseres) que é um dos ensinamentos de Crowley.
O nome da banda Cheap Trick segundo eles próprios foi sugerido em uma mesa de ouija (uma maneira de se comunicar com espíritos semelhante ao "jogo do copo" conhecido no Brasil). Vincent Furnier se tornou Alice Cooper da mesma maneira.
Jim Morrison, líder e vocalista da banda The Doors dizia ter sido possuído por espíritos quando assistiu a um acidente automobilistico que matou diversos índios. Segundo ele um ou dois espíritos de shamans (feiticeiros índios) o possuiram desde então, guiando seu estilo de vida e sua maneira de compor. Em 1970 Morrison se casou com uma feiticeira em um ritual pagão que envolveu invocações de demônios e beber sangue.
Em 1992, a banda de hard rock americana Slaughter foi acusada pela família de duas jovens de ter induzido um jovem de 17 anos (namorado de uma) a mata-las. As duas amigas foram mortas a facadas enquanto, segundo testemunhas, a música Fly To The Angels (que Mark Slaughter havia composto para uma ex-namorada que havia morrido de câncer) tocava repetidamente. Foi depois apurado de que o jovem nao era fã do Slaughter propriamente, mas sim da música em si. A turnê do álbum The Wild Life teve de ser interrompida por algum tempo para que eles respodessem ao processo, no qual foram completamente inocentados. (Agradecimentos a Christiano Gonçalves).
A Condessa Elisabeth Bathory era filha de nobres Húngaros que sacrificava virgens e tomava banho com sangue para manter sua beleza e juventude eternamente. Tornou-se parte do folclore europeu. Mereceu citações da banda Venom (Countess Bathory), do Cradle Of Filth (The Cruelty And The Beast) e inspirou o nome da banda Bathory.

 

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